ANO ECONÓMICO DE 2020: Cobrança de receitas acima da meta
EntradaEconomia Moçambique regista inflação homóloga de 4,09 por cento Imprimir Email Categoria: Economia Publicado em 12 Fevereiro 2021 Visualizações: 951 Share O INSTITUTO Nacional de Estatística (INE) considera que ainflação homóloga em Moçambique subiu para 4,09% em Janeiro, passando a fasquia dos 4% que já não era ultrapassada desde 2018. A tendência de subida da inflação homóloga verifica-se desde Agosto de 2020, altura em que se fixou em 2,75%, de acordo com os quadros do INE do Índice de Preços no Consumidor (IPC). "As divisões de 'alimentação e bebidas não alcoólicas' e de 'bebidas alcoólicas e tabaco' foram,em termos homólogos,as que registaram maior variação de preços com cerca de 9,14% e 8,47%, respectivamente", aponta o INE num boletim divulgado ontem. A cidade de Nampula, liderou a tendência de aumento do nível geral de preços, seguida das cidades da Beira e Maputo. Na mesma linha, a inflação média a 12 meses em Moçambique está a subir desde Março de 2020, atingindo 2,19% em Janeiro. Em termos mensais, o ano de 2021 começou com uma inflação mensal de 1,18%, com a alimentação, bebidas não alcoólicas, vestuário e calçado a terem a maior contribuição na subida de preços. "A cidade da Beira teve no período em análise uma variação mensal mais elevada (2,09%), seguida da cidade de Nampula (1,13%) e por fim, a cidade de Maputo (0,87%)", conclui. O boletim do INE corrige ainda a inflação de 2020 de 3,52% (publicada em Janeiro) para 3,14%. De referir que oBanco de Moçambique anunciou, no mês passado, uma "substancial revisão em alta das perspectivas de inflação para o médio prazo" que reflectem "a contínua depreciação do metical, num ambiente de maior agravamento dos riscos e incertezas". Os valores do IPC são calculados pelo INE a partir das variações de preço de um cabaz de bens e serviços, com dados recolhidos nas cidades de Maputo, Beira e Nampula. Comments Ano de 2020 marcado por estabilidade macro-económica Imprimir Email Categoria: Economia Publicado em 11 Fevereiro 2021 Visualizações: 1473 Share O GOVERNO moçambicano considera que o país registou uma estabilidade macro-económica interna em 2020, caracterizada por aumento da cobertura das Reservas Internas Líquidas, que passaram de 5,8 meses, previstos no Plano, para 6,0 meses e estabilidade da inflação, ao se situar em 3,14% contra 2,78% cento em igual período de 2019. Esta inflação, segundo um comunicado do Conselho de Ministros divulgado na terça-feira, no final da sua IV Sessão Ordinária, está abaixo dos 6,6% projectados para o ano de 2021. Nesta sessão, entre várias matérias, o Conselho de Ministros apreciou o Balanço do Plano Económico e Social (PES) e o Relatório de Execução do Orçamento do Estado de 2020, a submeter à Assembleia da República (AR). “O balanço indica que dos 548 indicadores do PES de 2020, avaliados, 411 (75%) alcançaram a meta, dos quais 296 (54%), integral e 115 (21%) parcialmente”, refere o comunicado citando o relatório do balanço. O documento revela que a cobrança de Receita do Estado em 2020, foi de 236.321,5 (110,4%) milhões de meticais, dos 214.141,7 milhões de meticais previstos, contra 276.788,2 milhões de meticais de 2019, representando um decréscimo nominal de 14,8%. A despesa total do Estado foi de 337.397,3 (90,2%) milhões de meticais, dos 374.096,6 milhões de meticais previstos, contra 313.621,4 milhões de meticais de 2019. Na mesma sessão, o Governo apreciou e aprovou o decreto que estabelece, como serviço público, o acesso universal e gratuito ao Boletim da República editado e publicado, em formato electrónico e as demais condições da sua utilização e revoga o decreto que vinha vigorando desde Setembro de 2006. “O acesso universal e gratuito compreende a possibilidade de impressão, arquivo e pesquisa dos actos publicados no Boletim de República, no sítio da internet gerido pela Imprensa Nacional de Moçambique, E.P.”, explica o comunicado. O Conselho de Ministro apreciou e aprovou ainda um outro decreto que revê o Estatuto Orgânico da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC). Segundo o comunicado, citado pela AIM, a revisão visa ajustar a ARC à dinâmica actual da Administração Pública, tendo em vista a garantia do respeito das regras relativas à concorrência e sua regulamentação. O Governo também aprovou uma Resolução que determina a realização do funeral oficial para o General do Exército Eugénio Ussene Mussa, Chefe do Estado Maior-General das Forcas Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) Eugénio Mussa, que perdeu a vida na segunda-feira, vítima de doença. Aprovou também o Plano de Acção da Política de Emprego 2021-2024, um documento que harmoniza as várias estratégias e programas sectoriais, com vista à promoção do emprego e integração do variável emprego no Cenário Fiscal de Médio Prazo e nos orçamentos anuais. As informações sobre o balanço e perspectivas da aplicação das medidas sobre a prevenção do novo coronavírus, a situação de emergência e o decurso dos exames escolares foram outras das matérias que corporizaram a reunião do Conselho de Ministros. Comments Com a banca comercial: Aumento das taxas de juro agrava obrigações das empresas Imprimir Email Categoria: Economia Publicado em 11 Fevereiro 2021 Visualizações: 1494 Share A CONFEDERAÇÃO das Associações Económicas de Moçambique (CTA) defende que o aumento das taxas de juro anunciado recentemente pelo Banco Central agrava as obrigações das empresas com a banca comercial. Embora o agravamento do custo de capital tenha o seu mérito no contexto da condução da política monetária visando à prossecução do seu objectivo supremo, o sector privado considera que a estabilidade de preços (que reflecte a melhoria do ambiente macroeconómico) afigura-se bastante desafiante para o sector empresarial. A CTA justifica que as empresas ainda se ressentemdos impactos negativos da Covid-19, das consequências dos eventos climáticos extremos e da instabilidade que se observa em algumas partes do país. É que, depois dos impostos, as obrigações com a banca figuram como o maior pesodos compromissos com terceiros, tanto para as empresas assim como para as famílias. De acordo com a fonte, para além de restringir o já deficiente acesso ao crédito, o aumento das taxas de juro resultano agravamento da carga de obrigações das empresas com a banca, com reflexos negativos nos fluxos de caixa das unidades e afectando a sobrevivência de grande parte das pequenas e médias empresas. Por outro lado, com este aumento das taxas directoras, particularmente a MIMO, que é a taxa de juro de referência do Mercado Monetário Interbancário e uma peça fundamental na formação da “Prime Rate” (que constitui a base para a formação das taxas de juro de crédito àeconomia), espera-se que o custo de capital em Moçambique aumente consideravelmente nos próximos períodos. Isto é, o aumento da MIMO em 300 pontos base terá como impacto o aumento da “Prime Rate” nesta cifra, podendo-se repercutir nas taxas de juro de crédito à economia, que actualmente se situam numa média de 19.62 por cento. Isto significa que a “Prime Rate” sobe dos actuais 15.5 para 18.5 por cento, o que poderá impulsionar o aumento das taxas de juro de crédito à economia dos actuais 19.62 para 22.62 por cento em média. Recorde-se que, nos finais do mês passado, o Banco de Moçambique decidiu aumentar a taxa de juro de política monetária (MIMO) em 300 pontos base, passando de 10,25 para 13,25 por cento. Decidiu, igualmente, aumentaras taxas de juro de Facilidade Permanente de Cedência (FPC) de 7,25 para 10,25 por cento, e de Facilidade Permanente de Depósito (FPD) de 13,25 para 16.25 por cento. O Banco de Moçambique justifica este agravamento das taxas directoras com a substancial revisão em alta das perspectivas de inflação para o médio prazo, a reflectir a contínua depreciação do metical, num ambiente de maior agravamento dos riscos e incertezas, com destaque para as consequências negativas da propagação acelerada da Covid-19 e a ocorrência de calamidades naturais, sem descurar os efeitos da instabilidade militar nas zonas norte e centro do país. Comments ANO ECONÓMICO DE 2020: Cobrança de receitas acima da meta Imprimir Email Categoria: Economia Publicado em 10 Fevereiro 2021 Visualizações: 1670 Share A COBRANÇA de receitas do Estado em 2020 foi de 236,321.5 milhões de meticais, o que representa 110,4 por cento em relação à meta prevista de 214,141.7 milhões, segundo informação partilhada, ontem, no fim da IV Sessão Ordinária do Conselho de Ministros.