Conheça os Impactos Que a Situação Poderá Gerar Para a Economia • Quotidiano Poupado

Moçambique vive um clima de instabilidade devido às manifestações gerais convocadas pelo candidato presidencial do Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (Podemos), Venâncio Mondlane, que reivindica a vitória das eleições presidenciais de 9 de Outubro, das quais, segundo os resultados apresentados pela Percentagem Pátrio de Eleições (CNE), quem saiu vitorioso foi Daniel Chapo e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder desde a Independência.


Escrita Por: Administração | Publicado: 6 months ago | Vizualizações: 119 | Categoria: Economia


Os protestos começaram a 21 de Outubro em todo o País. Mas o que era para ser inicialmente pacífico, tomou outros contornos, causando a morte de mais de 50 pessoas, feridos graves e ligeiros, muito uma vez que a vandalização de infra-estruturas públicas e privadas, violência extrema por secção da polícia e dos cidadãos moçambicanos, obrigando ao fechamento e à paralisação dos serviços.a d v e r t i s e m e n t Na semana passada, um grupo de manifestantes, maioritariamente constituído por população da localidade de Topuito, no região de Larde, invadiu o estaleiro da Kenmare. Os protestantes impediram a avioneta que transportava trabalhadores e executivos da empresa de pousar no aeródromo sítio. Envolvente quase idêntico foi vivido na província de Maputo, onde um grupo de residentes decidiu fechar totalmente a estrada que dá chegada ao Parque Industrial de Beleluane, onde está situada a Mozal, empresa produtora de alumínio responsável por secção significativa do totalidade das exportações de Moçambique. Estes actos levaram também o Governo sul-africano a fechar temporariamente a fronteira do Lebombo, que liga os dois países. A direcção da fábrica Safira Mozambique Cerâmica também decidiu suspender as suas actividades na sequência de uma greve violenta dos trabalhadores associada às manifestações gerais. Diante destes acontecimentos, o Quotidiano Poupado procurou um técnico para perceber os impactos que estas acções podem trazer para a economia, e consequentemente para o desenvolvimento do País. Nas linhas seguintes, conheça, com pormenor, os riscos destas manifestações, que tendem a deixar o envolvente de negócios fragilizado e com transe de perder alguns potenciais investimentos. Redução das importações e exportações, aumento da inflação Na sua explanação, Moisés Albino Nhanombe, economista e docente da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), começou por descrever que, antes das eleições e manifestações, o País estava num processo de recuperação dos desafios impostos pela covid-19 e já vinha demonstrando sinais positivos. No entanto, ainda estava convalescente e o facto de a economia pátrio ser dependente de recursos naturais primários torna-a vulnerável, ou seja, qualquer flutuação do preço internacional pode afectar o seu propagação. Neste sentido, o economista afirmou que os processos de fechamento de fronteiras vão ter impactos profundos e negativos, afectando diversos sectores a vários níveis, explicando que a economia pátrio vai ressentir-se desse fecho e a produção pode ser descontinuada, pois haverá uma inviabilização do fluxo normal de pessoas e bens, impactando no processo de importação e exportação. “Moçambique depende das receitas provenientes das exportações de recursos naturais e da importação de bens de consumo e de capital. Assim, nascente fechamento vai gerar desequilíbrios comerciais. Podemos encontrar o problema da interrupção das cadeias de suprimentos, pois muitas dependem das rotas internacionais. Existe o risco de escassez de produtos e matérias-primas, levando ao aumento da inflação e fechamento de empresas”, destacou. Redução das receitas no sector do turismo e desemprego O sector do turismo é importante para a economia do País, contribuindo de maneira significativa para o propagação do Resultado Interno Bruto (PIB). De tratado com dados do Governo, mais de 40% dos projectos de investimento registados no País em 2023 foram direccionados para o sector do turismo, rendendo 7,3 milénio milhões de dólares. Por isso, Nhanombe foi mais profundo nas suas análises, ao declarar que a instabilidade política vai forçar a redução das receitas no sector do turismo, pois as pessoas serão obrigadas a cancelar as suas reservas, principalmente nesta quadra festiva, em que havia muita expectativa por secção dos operadores. “Leste fecho pode resultar em perdas significativas e, de forma paralela, aumentar o desemprego e a pobreza. Se temos empresas encerradas, principalmente as Pequenas e Médias Empresas (PME) que são pouco resilientes, essa questão pode levar à deposição em tamanho das pessoas”, sustentou. “O sector informal em Moçambique é muito basta e com o desemprego haverá muita mão-de-obra activa que poderá também entrar para o informal, o que terá implicações, uma vez que a redução da receita fiscal e do pagamento de impostos, ou seja, vai diminuir a capacidade do Governo em financiar os programas sociais e de investir em sectores sociais importantes”, frisou. Invasão das multinacionais versus a perda da crédito dos investidores O entrevistado considerou que as multinacionais são um sector sensível neste processo das manifestações, pois a invasão às instalações pode acarretar consequências económicas grandes, que podem afectar a crédito dos investidores internacionais gerando uma instabilidade que vai motivar alguma perda de crédito. Para Moisés Nhanombe, “quando as multinacionais são afectadas, reduz-se a crédito, o que pode levar à fuga de capitais, na medida em que, ao serem atacadas, elas podem considerar cancelar os investimentos, e se perceberem que os riscos são elevados podem trasladar recursos para outros mercados que sejam seguros”. “Leste caos vai gerar uma imagem negativa do País uma vez que sorte de negócio, prejudicar a reputação global e dificultar novos acordos de investimento, gerando demissões em grande graduação. Há empresas fornecedoras de serviços que vão perder o chegada de fornecer, haverá perda das receitas do Governo, o que dificultará o financiamento aos serviços básicos e aprofundará, cada vez mais, os problemas socioeconómicos”, disse. Implicações para o PIB Nos documentos de suporte ao Projecto Poupado e Social do Orçamento do Estado (PESOE) para 2024, o Governo apontava para um propagação do Investimento Directo Estrangeiro (IDE) para 4,7 milénio milhões de dólares, ajudando o PIB a crescer 5,5% nascente ano, em previsões feitas antes de Outubro, e não considerando, portanto, o impacto parcimonioso de paralisações e tumultos que se seguiram à divulgação dos resultados eleitorais. No entanto, nesta quarta-feira, 11 de Dezembro, a consultora Oxford Economics reviu em baixa a previsão de propagação da economia de Moçambique para nascente ano e para o próximo, devido à violência pós-eleitoral, antecipando agora uma expansão de 3,9% e 3,2%, respectivamente. O mesmo pensamento foi partilhado pelo economista e docente da UEM, ao declarar que “a fraca exportação levará à queda do propagação parcimonioso e haverá subtracção de divisas, causando um impacto negativo para o PIB.” “As multinacionais, sobretudo em Moçambique, são os sectores que mais contribuem para o PIB. Estamos a falar da mineração, pujança e agro-indústria. Portanto, qualquer interrupção nas suas operações vai reduzir ou impactar fortemente aquilo que é a produção pátrio e, por consequência, aquilo que é o propagação parcimonioso”, argumentou. “Com uma menor ingresso de divisas, pode ter uma maior desvalorização da moeda pátrio, um aumento da inflação e a a geração de uma certa pressão sobre o próprio dispêndio de vida. Haverá também redução da receita fiscal”, descreveu. Medidas de contenção para evitar mais perdas Entretanto, para evitar mais danos, o técnico defendeu que o Governo deve tomar medidas imediatas para restaurar a crédito dos investidores e fortalecer as relações com as empresas e com as comunidades locais. Por isso, deve promover acções coordenadas que vão viabilizar o diálogo, para que se restaure a segurança, de modo a ter um envolvente de negócio inclusivo e previsível para que as empresas se sintam seguras. “Há que vedar a vaga de instabilidade para o bem-estar social do País. É preciso que o Governo garanta a segurança e que haja saudação com os contratos assinados. Deve ter diálogo com os investidores e empresários para compreender os seus sentimentos, evitando que mais empresas fechem”, frisou. “Apesar dos desafios, Moçambique continua com potencial parcimonioso, sobretudo nos sectores da pujança e cultivação, mas é preciso que esse potencial seja transformado numa prosperidade para o consumo da população e são necessárias políticas públicas eficazes que garantam segurança e compromisso sólido”, concluiu. Fonte: https://natxos.com/economia-e-financas/conheca-os-impactos-que-a-situacao-podera-gerar-para-a-economia-diario-economico/
Partilhar
Comentarios
Publicidade